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Michelle Bolsonaro Mantém Firmeza: "Não Apoiarei Ciro Gomes, que Tanto Mal Causou à Minha Família"

 Por Equipe Sintonia O Som – 02 de dezembro de 2025

Em um momento de tensão interna no Partido Liberal (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro reforçou, nesta terça-feira (2), sua posição contrária ao apoio à candidatura de Ciro Gomes (PSDB) ao governo do Ceará nas eleições de 2026. Em nota divulgada em seu perfil no Instagram, Michelle rebateu críticas de seus enteados – Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro – e pediu compreensão, mas deixou claro: "Eu jamais poderia concordar em ceder o meu apoio à candidatura de um homem que tanto mal causou ao meu marido e à minha família".

A declaração surge em meio a uma crise no clã Bolsonaro, desencadeada por uma articulação do PL no Ceará, liderada pelo deputado federal André Fernandes, para uma aliança com Ciro Gomes contra o governador petista Elmano de Freitas. Michelle, presidente do PL Mulher, já havia criticado a jogada durante um evento em Fortaleza na semana passada, chamando-a de "precipitada" e questionando a compatibilidade de valores entre o bolsonarismo e o ex-governador cearense.

Ressentimentos do Passado e Críticas à "Raposa Política"

Michelle não poupou palavras ao relembrar os ataques sofridos por Ciro Gomes contra Jair Bolsonaro ao longo dos anos. Em vídeos e postagens compartilhadas logo após a nota, ela destacou declarações do tucano que rotulou o ex-presidente de "genocida" durante a pandemia de Covid-19, "ladrão de galinha" e "capitão do mato". "Ciro Gomes não é e nunca será de direita. Nunca defenderá os nossos valores. Sempre será um perseguidor e um maledicente contra Bolsonaro", escreveu ela.

A ex-primeira-dama ainda ironizou a ideia de uma "união da direita" que, para ela, seria como "trocar Joseph Stalin por Vladimir Lenin". Michelle enfatizou que derrotar o PT exige coerência ideológica, e não alianças oportunistas. "Não basta derrotar o PT e a esquerda: é preciso fazê-lo mantendo-nos fiéis aos nossos valores e agirmos de maneira coerente com eles", completou.

Reação da Família e Suspensão das Negociações

Os filhos de Bolsonaro reagiram duramente às críticas iniciais de Michelle. Flávio Bolsonaro, em defesa de Fernandes, disse que a decisão de apoiar Ciro teve o aval do pai antes de sua prisão. Eduardo e Carlos ecoaram o apoio em comentários públicos, acusando a madrasta de "atropelar" a articulação política familiar.

Em resposta, Michelle adotou um tom conciliador na nota: "Respeito a opinião dos meus enteados, mas penso diferente. Peço que me entendam e me perdoem. Não foi minha intenção contrariá-los". Ela também revelou que Jair Bolsonaro não se manifestou explicitamente a favor da aliança durante suas visitas recentes à prisão, questionando se a posição é realmente dele.

O impacto foi imediato: horas após a nota, André Fernandes anunciou a suspensão "por tempo indeterminado" das negociações com Ciro Gomes. Em seguida, Michelle postou uma foto ao lado de Fernandes, Flávio, Valdemar Costa Neto (presidente do PL) e Aquiles Marinho, sinalizando uma possível pacificação interna no partido.

O Que Diz o Outro Lado?

Procurado pela imprensa, Ciro Gomes optou pelo silêncio sobre o episódio, focando em sua agenda para 2026. No PL, uma reunião de emergência marcada para esta terça-feira em Brasília visa "enquadrar" as divergências e empoderar Flávio Bolsonaro como articulador. Analistas veem o episódio como um teste para a coesão do bolsonarismo pós-prisão de Jair, com Michelle emergindo como voz conservadora e fiel aos princípios originais do movimento.

Nas redes sociais, o debate ferve. Usuários conservadores aplaudem Michelle por "não ceder a raposas políticas", enquanto outros questionam se a rejeição a Ciro não enfraquece a oposição ao PT no Nordeste.

Por Que Isso Importa para o Bolsonarismo?

A posição de Michelle reforça sua imagem como guardiã dos valores cristãos e conservadores do PL, especialmente em um momento em que o partido busca se reposicionar para 2026. Com Bolsonaro preso e a direita fragmentada, episódios como esse expõem as fissuras: pragmatismo eleitoral versus lealdade ideológica. Resta saber se a suspensão da aliança é temporária ou o fim de uma ponte que nunca deveria ter sido construída.

O Sintonia O Som acompanha de perto as movimentações da direita brasileira. Fique ligado para mais atualizações sobre essa novela política que mistura família, fé e ambição pelo poder.

Fontes: R7, UOL, SBT News, CNN Brasil e postagens recentes no X (antigo Twitter).

BRUNO SERTANEJO


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