Consequências de Deixar de Pagar as Contribuições do MEI: Entenda os Riscos e Como Evitar Problemas


O regime de Microempreendedor Individual (MEI) é uma das formas mais acessíveis de formalizar pequenos negócios no Brasil. Ele garante benefícios como aposentadoria, emissão de nota fiscal e acesso a crédito.
Mas, o que muitos esquecem é que a manutenção desses direitos depende do pagamento mensal do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) — e deixar de pagar pode trazer sérias consequências.

Neste artigo, explicamos o que acontece quando o MEI deixa de contribuir e como regularizar a situação antes que o problema se agrave

📌 O que é a contribuição mensal do MEI?

O DAS-MEI reúne os principais tributos do microempreendedor:

INSS (contribuição previdenciária)

ICMS (para comércio e indústria)

ISS (para prestadores de serviço)

O valor é fixo e deve ser pago até o dia 20 de cada mês, independentemente de o MEI ter faturado ou não. Esse pagamento garante a regularidade do CNPJ e os benefícios previdenciários do empreendedor

⚠️ O que acontece se o MEI não pagar as contribuições?

Deixar de pagar o DAS pode parecer algo simples no início, mas os impactos se acumulam rapidamente. Confira os principais riscos:

1️⃣ Perda de benefícios previdenciários

Sem recolher as contribuições, o MEI perde o tempo de contribuição e pode ficar sem cobertura do INSS após 12 meses de inadimplência.
Isso significa perder o direito a aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte até a regularização dos pagamentos.

2️⃣ Multas e juros crescentes

Cada mês de atraso gera multa de 0,33% por dia, limitada a 20%, além de juros baseados na taxa Selic. Quanto mais tempo o débito permanece aberto, maior o valor final.

3️⃣ Inscrição na Dívida Ativa

Débitos antigos são encaminhados para a Dívida Ativa da União, e o CPF do titular pode sofrer restrições de crédito, cobrança judicial e bloqueio de bens.

4️⃣ Cancelamento do CNPJ

O MEI que deixa de pagar por 12 meses consecutivos e não envia a Declaração Anual (DASN-Simei) por dois anos pode ter o CNPJ cancelado automaticamente pela Receita Federal.
Com isso, perde-se o alvará, o direito de emitir notas fiscais e o enquadramento como microempreendedor.

5️⃣ Dificuldades para obter crédito e emitir documentos

Um MEI irregular não consegue emitir certidões negativas, o que impede financiamentos, licitações, contratos e parcerias.
Empreendedores do setor artístico ou criativo, por exemplo, podem perder oportunidades de gravação, shows e monetização, já que muitas empresas exigem CNPJ ativo e regular.

💡 Como regularizar a situação

A boa notícia é que é possível colocar as pendências em dia.
Veja os passos principais:

1. Acesse o Portal do Empreendedor (gov.br/mei)
→ Consulte os boletos atrasados pelo PGMEI.

2. Gere as guias em atraso e pague via boleto ou Pix.

3. Se houver muitos débitos, solicite parcelamento direto no portal.

4. Após o pagamento, entregue a Declaração Anual (DASN-Simei) se ela estiver pendente.

5. Guarde todos os comprovantes para evitar restrições futuras.

🧭 Dica do especialista

Mesmo nos meses sem faturamento, o MEI deve manter o pagamento em dia.
Caso decida encerrar a atividade, o ideal é dar baixa oficial no CNPJ para evitar que as dívidas continuem crescendo.

Para quem vive da música, da arte ou do conteúdo digital — como produtores, cantores e criadores independentes —, manter o MEI ativo significa garantir credibilidade, oportunidades e segurança financeira.

✅ Conclusão

O não pagamento das contribuições do MEI vai muito além de uma simples dívida. Ele pode comprometer o futuro do negócio, os direitos previdenciários e a reputação do empreendedor.
Portanto, mantenha suas obrigações em dia e acompanhe regularmente o status do seu CNPJ.

Formalizar é o primeiro passo para crescer, mas manter-se regular é o que garante o sucesso a longo prazo.

Por: Redação portal Sintonize o Som Atualizado em outubro de 2025

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