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LANÇAMENTOS

Trabalhadores dos Correios Cruzam os Braços Após Fracasso nas Negociações


Trabalhadores dos Correios iniciaram uma greve por tempo indeterminado na noite de 16 de dezembro de 2025, após impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A paralisação é parcial, afetando 9 estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba, Pernambuco e outros, com piquetes em unidades locais. Até 17 de dezembro, cerca de 91% do efetivo segue em atividade, mantendo agências abertas e entregas em operação, embora com atrasos pontuais.

Reivindicações dos Sindicatos

A categoria exige reposição salarial pela inflação, manutenção do adicional de 70% nas férias, pagamento em dobro (200%) por trabalho em fins de semana e o "vale-peru" de R$ 2.500 como benefício de fim de ano. Sindicatos criticam cortes propostos pela estatal em planos de saúde, jornada de trabalho e adicionais, além da falta de convocação de concursados aprovados. Pelo menos 12 sindicatos aderiram imediatamente, enquanto 24 mantêm estado de greve com possível paralisação a partir de 23 de dezembro.

Posição dos Correios e Impactos

A estatal afirma que adota medidas contingenciais, como redistribuição de equipes, para garantir serviços essenciais em todo o país. Operações nacionais permanecem majoritariamente normais, priorizando entregas básicas, e os Correios recomendam canais de atendimento como 4003-8210. Lojistas e e-commerces relatam riscos de atrasos regionais, mas sem suspensão total.

Negociações no TST

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) media as discussões desde 11 de dezembro, com reuniões em 15 e 16 de dezembro, mas sem acordo até o momento. A proposta dos Correios prevê prorrogação do ACT até 2026 sem reposição inflacionária ou ticket extra, o que frustrou os sindicatos. A estatal reafirma compromisso com o diálogo para preservar empregos e sustentabilidade financeira.

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Polêmica: Zezé Di Camargo acusa SBT de 'se prostituir' e pede boicote ao especial

O cantor Zezé Di Camargo publicou um vídeo nas redes sociais na madrugada desta segunda-feira (15/12) pedindo publicamente ao SBT que cancele a exibição de seu especial de Natal "É Amor", gravado anteriormente e previsto para ir ao ar no dia 17 de dezembro. O motivo é a discordância com o posicionamento recente da emissora, especialmente após a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin, de ministros como Alexandre de Moraes e outros autoridades na inauguração do canal SBT News, na sexta-feira (12/12).

Zezé criticou indiretamente as filhas de Silvio Santos (fundador do SBT, falecido em 2024), alegando que elas estão adotando uma postura diferente da do pai e que a emissora estaria "se prostituindo". Ele afirmou que o evento não reflete suas convicções pessoais e que não quer decepcionar fãs nem se associar à atual direção do canal, apesar de expressar carinho pelo SBT.

Em resposta, a presidente do SBT, Daniela Abravanel Beyruti, publicou uma carta aberta defendendo o jornalismo imparcial, plural e sem partido do novo canal, destacando que o evento reuniu representantes dos Três Poderes para refletir o respeito às instituições. A emissora decidiu manter a exibição do especial, por já ter compromissos comerciais assumidos, apesar do pedido do cantor.

A polêmica gerou repercussão nas redes, com apoio de bolsonaristas a Zezé e críticas à sua declaração.

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Flávio Bolsonaro denuncia Lulinha ao TCU: indícios de fraudes bilionárias

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protocolou nesta segunda-feira (15/12) uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo auditoria urgente no INSS e no Ministério da Previdência Social para apurar possíveis irregularidades envolvendo Fábio Luís Lula da Silva (Lulinha), filho mais velho do presidente Lula (PT).

A ação se baseia em indícios de ligação entre Lulinha e o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, investigado na CPMI do INSS por suposto esquema de fraudes e desvios bilionários em benefícios de aposentados e pensionistas. Testemunhas, como Edson Claro, relataram pagamentos suspeitos a Lulinha, incluindo uma “mesada” mensal de cerca de R$ 300 mil e valores que somariam R$ 25 milhões, sem contrato formal conhecido.

Flávio solicita que o TCU investigue:

  • Possível favorecimento indevido, conflito de interesses e uso irregular da máquina pública.
  • Eventual responsabilidade direta ou indireta do presidente Lula, devido ao vínculo familiar.
  • Atuação do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), onde Frei Chico (irmão de Lula) é vice-presidente, e que também é alvo de investigação da PF.

A iniciativa vem após a CPMI do INSS rejeitar (em 4/12) a convocação de Lulinha para depoimento, por 12 a 9 votos (ou variantes reportadas). O TCU ainda não decidiu sobre a abertura de processo.

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Bolsonaro corre risco de estrangulamento intestinal, alerta laudo médico

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde novembro, protocolou nesta segunda-feira (15/12) novo pedido ao ministro Alexandre de Moraes (STF) para autorização urgente de cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral (correção de hérnias nas duas virilhas), internação hospitalar de 5 a 7 dias e transferência para prisão domiciliar humanitária.

Segundo laudo médico anexado (baseado em ultrassom realizado no domingo, 14/12, dentro da PF), Bolsonaro apresenta hérnias inguinais bilaterais com protrusão de alça intestinal, agravadas por crises frequentes de soluço (sequela da facada de 2018). Esses soluços aumentam a pressão abdominal, elevando significativamente o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal — complicação grave que pode exigir cirurgia emergencial com riscos muito maiores.

Os advogados argumentam que o quadro clínico evoluiu de forma objetiva, tornando a intervenção imediata necessária para evitar agravamento súbito. Anteriormente, Moraes havia determinado perícia médica oficial pela PF em até 15 dias para avaliar a real urgência.

A notícia é amplamente repercutida como estratégia da defesa para obter regime domiciliar, com base em relatórios médicos privados.

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Petroleiros entram em greve por tempo indeterminado em todo o Brasil

Os trabalhadores do Sistema Petrobras deflagraram greve nacional por tempo indeterminado a partir da zero hora desta segunda-feira (15/12), após rejeitarem a contraproposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A paralisação, coordenada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e apoiada também pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), tem forte adesão em plataformas, refinarias, terminais e unidades administrativas em todo o país.

No primeiro dia, houve entrega de operações em plataformas no Espírito Santo, Norte Fluminense e Terminal de Coari (AM, com 100% de adesão), além de corte de rendição de turno em pelo menos seis refinarias (como Replan-SP, Revap-SP, Regap-MG, Reduc-RJ, Recap-SP e Repar-PR). A greve envolve cerca de 25 mil trabalhadores da FUP (61% das unidades) e mais de 50 mil da FNP (80% da produção de petróleo).

Principais reivindicações (três eixos centrais):

  • Distribuição justa da riqueza: ACT digno, com ganho real acima da inflação, sem retrocessos e plano de cargos isonômico.
  • Fim definitivo dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que causam descontos pesados em salários de ativos, aposentados e pensionistas.
  • "Pauta pelo Brasil Soberano": suspensão de desimplantes forçados, demissões e privatizações no setor de Exploração & Produção (E&P).

A categoria critica a gestão de Magda Chambriard por oferecer apenas 0,5% de ganho real e ignorar pontos centrais, apesar dos lucros bilionários da Petrobras (R$ 37,3 bilhões em dividendos só nos primeiros nove meses de 2025).

Incidentes: Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc-RJ), dirigentes sindicais foram detidos pela PM (acionada pela empresa), em episódio classificado como repressão ao direito de greve; eles foram liberados horas depois. Paralelamente, aposentados mantêm vigília por tempo indeterminado na sede da Petrobras no Rio de Janeiro.

Posição da Petrobras: A empresa ativou planos de contingência e afirmou que a greve não impacta a produção ou o abastecimento de combustíveis no momento.

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Fake news desmentida: atestados de papel não perdem validade em 2026

 O Conselho Federal de Medicina (CFM) esclareceu que os atestados médicos em papel continuarão válidos em 2026, desmentindo boatos e fake news que circulavam nas redes sociais. Essas publicações falsas alegavam que, a partir de março de 2026, apenas atestados digitais seriam aceitos, e que documentos em papel perderiam validade para justificar ausências no trabalho ou outros fins.

De acordo com nota oficial do CFM, não há nenhuma mudança na legislação que torne obrigatória a emissão exclusiva por meios digitais. Tanto atestados físicos (em papel) quanto digitais permanecem plenamente válidos e aceitos em todo o território nacional, para contextos trabalhistas, previdenciários e assistenciais.

O confusão surgiu em torno da plataforma Atesta CFM, criada para emitir, validar e verificar atestados de forma digital, com o objetivo de combater fraudes (como falsificações). A implementação dessa plataforma está judicialmente suspensa, sem previsão de entrada em vigor. Mesmo quando for liberada, ela contemplará tanto documentos digitais quanto impressos, e não eliminará a validade dos atestados em papel tradicionais.

Fontes confiáveis como G1, UOL, O Tempo e Aos Fatos confirmam o desmentido do CFM e classificam as informações contrárias como boatos.

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NÃO ERA PELOS DIREITOS HUMANOS, NEM PELA JUSTIÇA: Trump perdoa Moraes e prova que era só interesses americanos!

 Em um golpe duro e inesperado para milhões de brasileiros que depositavam esperanças em Donald Trump como aliado na luta pela liberdade de expressão e contra a perseguição política no Brasil, o governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (12) a retirada das sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, à sua esposa Viviane Barci de Moraes e ao Instituto Lex, empresa da família.

As sanções, aplicadas em julho de 2025 sob a Lei Global Magnitsky, foram justificadas na época como punição por "graves abusos de direitos humanos", incluindo detenções arbitrárias, supressão da liberdade de expressão e uma "caça às bruxas" contra opositores políticos – com destaque para o processo que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por suposta tentativa de golpe e plano para envenenar Lula.

Trump, em pessoa, havia chamado o julgamento de Bolsonaro de "witch hunt" (caça às bruxas) e imposto tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, alegando defesa da democracia e dos direitos humanos. Milhões de conservadores brasileiros celebraram, vendo nisso um apoio real à direita e à luta contra o que chamavam de ditadura judicial no STF.

Mas hoje, em apenas cinco meses, tudo desmoronou. O Departamento do Tesouro dos EUA removeu Moraes e sua família da lista de sancionados, declarando que manter as medidas "não é mais consistente com os interesses de política externa dos Estados Unidos". Fontes oficiais americanas ligaram a decisão à aprovação recente de um projeto de lei de anistia na Câmara dos Deputados brasileira – que pode beneficiar condenados pelos eventos pós-eleições de 2022, incluindo aliados de Bolsonaro – e à melhora nas relações comerciais com o governo Lula, com redução de tarifas em novembro.

Sim, leitor: enquanto Bolsonaro permanece preso, condenado a 27 anos por tramar um golpe e plano para envenenar Lula, Trump negociou diretamente com Lula. Telefonemas, elogios na ONU, reuniões e acordos comerciais culminaram no perdão a Moraes. O que era vendido como cruzada por democracia e justiça revelou-se puro pragmatismo: interesses econômicos e geopolíticos americanos acima de tudo.

Resta saber o que foi negociado em troca. O que Lula entregou ao governo americano? Foi apenas a aprovação dessa anistia "na direção certa", como disse um oficial de Trump, ou há mais por trás? Concessões comerciais secretas? Alinhamento em questões internacionais? Ou simplesmente o Brasil cedendo para evitar mais tarifas e isolamento? A direita brasileira, que via em Trump um salvador, foi usada como moeda de troca em negociações bilaterais.

Eduardo Bolsonaro expressou "pesar" com a notícia, agradecendo o "apoio demonstrado", mas o amargo sabor da traição é inegável. A direita foi apunhalada pelas costas por quem jurava ser aliado.

Não era sobre direitos humanos. Não era sobre democracia verdadeira ou justiça imparcial. Era sobre tarifas, comércio e poder. Trump aqueceu relações com Lula e jogou no lixo o apoio que prometia aos patriotas brasileiros.

Acorda, Brasil! Salvadores estrangeiros não existem. A luta pela liberdade, contra a censura e pela verdadeira democracia é nossa, e só nossa. Bolsonaro e milhões de conservadores foram traídos. Chega de ilusões: a batalha continua aqui, nas ruas, nas urnas e na resistência diária.

A direita foi traída. Mas não será derrotada.

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LANÇAMENTO


Polêmica no STF: Alexandre de Moraes Anula Decisão da Câmara e Mantém Cassação de Carla Zambelli

Por Redação Sintonize o Som | Pernambuco | 11 de dezembro de 2025

Em um desfecho que reacende o eterno embate entre os Poderes da República, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta quinta-feira (11) a votação da Câmara dos Deputados que havia rejeitado a cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão, proferida em caráter monocrático, determina a perda imediata do cargo da parlamentar, condenada a 10 anos de prisão por crimes graves contra o Estado Democrático de Direito, e ordena a posse do suplente em até 48 horas. O caso, que envolve invasão hacker a sistemas judiciais e uma fuga internacional, expõe as fissuras entre Legislativo e Judiciário – e, de quebra, vira trilha sonora para debates acalorados nas redes e nos corredores do Congresso.

O Contexto da Condenação: De Deputada Bolsonarista a Foragida Internacional

Carla Zambelli, conhecida por seu alinhamento ferrenho ao ex-presidente Jair Bolsonaro e por postagens polêmicas nas redes sociais, foi condenada em maio de 2025 pela Primeira Turma do STF, por unanimidade, a 10 anos de reclusão em regime fechado. O crime? Coordenação de uma invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, ao lado do hacker Walter Delgatti Neto – o mesmo que já havia se tornado figura central em escândalos como o das "fake news" contra Moraes. O objetivo da trama, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), era inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão fictício contra o próprio ministro Alexandre de Moraes, com o fito de desestabilizar as instituições.

Delgatti, em depoimento, apontou Zambelli como a "autora intelectual" da operação, descrevendo-a como uma ação "premeditada e organizada" para minar a credibilidade do Judiciário. A defesa da deputada rebateu, alegando que as provas se baseavam apenas em delações premiadas, mas o STF, com votos de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, rejeitou os recursos e declarou o trânsito em julgado em junho. Resultado: suspensão imediata dos direitos políticos e perda automática do mandato, conforme o artigo 55, inciso VI, da Constituição Federal.

Fugindo de um mandado de prisão, Zambelli foi detida em julho na Itália, onde possui dupla cidadania. Lá, aguarda extradição – com audiência marcada para o dia 18 deste mês. Enquanto isso, o Brasil pressiona Roma via Itamaraty, e o Ministério Público italiano já emitiu parecer favorável ao envio.

A Manobra da Câmara: Votação na Madrugada e o "Não" à Cassação

A polêmica explodiu na Câmara dos Deputados na madrugada de 11 de dezembro. A Mesa Diretora, obrigada a analisar a condenação do STF, encaminhou o caso ao plenário após aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por 32 a 2. Mas, em uma sessão tensa e repleta de discursos inflamados, a Casa rejeitou a cassação: 227 votos a favor (insuficientes para o quórum qualificado de 257 entre 513 deputados), 170 contra e 10 abstenções. Aliados de Zambelli, majoritariamente da base bolsonarista, celebraram a vitória como "defesa da independência do Legislativo", com figuras como o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) argumentando que a votação era um "juízo político" soberano.

O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), não engoliu: protocolou mandado de segurança no STF, questionando como uma condenada em regime fechado poderia exercer o mandato – "exigindo presença no plenário e nas comissões", ironizou. A votação, vista por críticos como uma "manobra imoral" para proteger uma fugitiva, durou horas e dividiu a base governista, com abstenções que selaram o impasse.

A Intervenção de Moraes: "Ato Nulo por Inconstitucionalidade"

Não demorou para o STF reagir. Relator do caso desde o início, Alexandre de Moraes, conhecido por decisões firmes contra ameaças à democracia (como nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos), declarou a deliberação da Câmara "nula por evidente inconstitucionalidade". Em seu despacho, o ministro foi cirúrgico: "A perda de mandato em casos de condenação criminal transitada em julgado é automática e de competência exclusiva do Judiciário. Cabe à Mesa da Câmara apenas formalizar o ato, de forma vinculada e declaratória – não submeter a voto político". Ele citou precedentes desde o Mensalão (Ação Penal 470, 2012) e casos como os de Paulo Maluf e Ivo Cassol, reforçando que a Constituição não permite "desvio de finalidade" ou violação aos princípios de legalidade e moralidade.

Moraes determinou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), edite ato declaratório da vacância e emposse o suplente Adilson Barroso (PL-SP) – conhecido como Coronel Tadeu – em até 48 horas, sob pena de descumprimento de ordem judicial. Para referendar a medida, convocou sessão virtual da Primeira Turma na sexta-feira (12), das 11h às 18h. "É o Judiciário quem determina a perda; o Legislativo, quem declara", resumiu.

Reações: De Elogios à "Vitória da Democracia" a Gritos de "Ativismo Judicial"

A decisão de Moraes ecoou como um trovão nas redes sociais e na política. De um lado, progressistas e juristas aplaudiram: a deputada Laura Sito (PT-RS) chamou de "vitória do povo brasileiro", enquanto o deputado Ivan Valente (Psol-SP) destacou que "a democracia não se curva ao golpismo". Perfis como @ocafezinho e @sputnik_brasil viram na anulação uma "restauração da ordem constitucional", com memes comparando a Câmara a uma "banda desafinada" tentando ignorar o regente (o STF).

Do outro, bolsonaristas e oposicionistas acusam "interferência excessiva". Aliados de Zambelli, como em postagens do @revoltadoonline, lamentam uma "invasão ao Legislativo", ecoando o discurso de "ativismo judicial" que Moraes tanto combate. O caso de Zambelli não é isolado: ele se soma a outro processo contra ela por porte ilegal de arma, também com perda de mandato prevista, e reacende debates sobre limites entre poderes – tema que, ironicamente, Zambelli tanto explorou em lives e posts.

O Que Vem Por Aí: Extradição, Posse e o Som da Discórdia Política

Com a cassação efetivada, Coronel Tadeu assume a vaga, alterando o equilíbrio na bancada paulista do PL. Zambelli, presa em Roma, segue sem mandato – e sem direitos políticos enquanto durar a pena. A extradição, se aprovada, a traria de volta para cumprir a sentença no Brasil. Enquanto isso, o episódio soa como uma sinfonia desafinada na política nacional: de um lado, a defesa intransigente da Constituição; do outro, clamores por "autonomia legislativa". No Sintonize o Som, ficamos atentos ao próximo compasso – porque, nessa orquestra republicana, ninguém sai ileso do solo.

Fontes: STF, Agência Brasil, CNN Brasil, O Globo e postagens recentes no X (antigo Twitter). Imagens: Reprodução/Agência Brasil.



Salário mínimo sobe só R$ 103 e vai para R$ 1.621 em 2026: aumento real vira pó com inflação

Nesta quarta-feira (10/12/2025), o Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou o reajuste do salário mínimo para R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026 (com pagamento efetivo em fevereiro), um aumento de R$ 103 em relação aos atuais R$ 1.518 – equivalente a 6,79%. O valor final resulta de R$ 1.620,99 calculado, arredondado conforme lei, após divulgação do INPC pelo IBGE, que registrou 0,03% em novembro e acumula 4,18% em 12 meses.

Principais Pontos do Reajuste:

  • Cálculo: Pela regra constitucional (art. 7º, IV, da CF/88, válida até 2023 e mantida em discussões), combina correção pela inflação (INPC de 2025) + ganho real limitado pelo PIB de 2024 (3,4%, mas arcabouço fiscal restringe a 0,6%-2,5%). O resultado é inferior à estimativa inicial da LDO 2026 (R$ 1.627).
  • Impacto fiscal: Cada R$ 1 de alta gera R$ 420 milhões extras em despesas; o aumento total custará cerca de R$ 43,2 bilhões em 2026, afetando contas públicas, incluindo revisão de projeções orçamentárias.
  • Benefícios vinculados:
    • Aposentadorias e pensões: 25,8 milhões de beneficiários do INSS (12,2 milhões acima do mínimo) terão reajuste pelo INPC acumulado até dezembro (ainda pendente).
    • BPC: Valor mensal sobe para R$ 1.621; limite para elegibilidade (renda per capita familiar) cai para 25% do mínimo (R$ 405,25), com exceções até 50% (R$ 810,50).
    • Seguro-desemprego: Primeira faixa mínima passa a R$ 1.621.
    • PIS/Pasep: Regras de elegibilidade mudam em 2026, mas valor segue o piso.
    • Margem consignável: Limite sobe para R$ 567,35 (35% do mínimo); para BPC, R$ 486,30 (30%).

Contexto e Perspectivas:

O reajuste beneficia diretamente 59,9 milhões de pessoas (Dieese), mas é criticado por ficar aquém do necessário para sustento familiar – o Dieese estima R$ 7.158 para uma família de quatro em SP. Há debates sobre desvincular benefícios previdenciários do mínimo para equilibrar contas fiscais, sem ganho real acima da inflação. O governo Lula prioriza a valorização, mas o arcabouço fiscal impõe limites. O valor será oficializado na LOA 2026; INPC de dezembro (divulgado em janeiro) ajustará benefícios adicionais

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Copom joga balde de água fria: Selic fica em 15% e corta qualquer esperança de juros mais baixos em 2025

 

Nesta quarta-feira (10/12/2025), em sua última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva. Esse é o maior patamar desde julho de 2006 (quando estava em 15,25% a.a.), refletindo uma postura conservadora para conter a inflação persistente, apesar da desaceleração econômica e de pressões do governo Lula por cortes nos juros.

Principais Pontos da Decisão:

  • Inflação em foco: A inflação segue em trajetória de arrefecimento, mas ainda acima da meta de 3% (com tolerância de 1,5 p.p.). Projeções do Copom revisadas: IPCA de 4,4% em 2025 (abaixo do teto de 4,5%) e 3,5% em 2026 (acima do centro da meta). Expectativas de mercado (Focus) indicam 4,4% para 2025 e 4,2% para 2026.
  • Atividade econômica: Há moderação no crescimento do PIB (avançou apenas 0,1% no 3º trimestre), mas resiliência no mercado de trabalho (desemprego em 5,4%, menor nível histórico). O Copom destaca expectativas "desancoradas" e pressões em preços como energia e alimentos.
  • Comunicado duro: Sem sinalização de corte iminente, o comitê reforça a necessidade de uma política "significativamente contracionista por período bastante prolongado" para convergir a inflação à meta. Cortes são adiados para 2026, possivelmente no primeiro trimestre, ampliando a diferença de juros com os EUA (que cortou recentemente).
  • Impacto nos mercados: A decisão era esperada, mas o tom hawkish (duro) frustrou expectativas de flexibilização, jogando "água fria" nos investidores. A Selic serve de referência para crédito e investimentos, influenciando empréstimos, poupança e títulos públicos.

Contexto e Perspectivas:

A manutenção ocorre em meio a um cenário externo incerto (como o "shutdown" nos EUA) e interno de PIB fraco, mas com riscos fiscais e cambiais (dólar em R$ 5,35 no cenário de referência). O Copom enfatiza vigilância e readiness para ajustes se necessário. A próxima reunião será em 27-28/01/2026. Analistas preveem Selic em 12,25% ao fim de 2026, mas o ano eleitoral pode complicar reduções. O BC prioriza a credibilidade anti-inflacionária, evitando descumprimento da meta contínua (instituída em 2025).

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