Os trabalhadores do Sistema Petrobras deflagraram greve nacional por tempo indeterminado a partir da zero hora desta segunda-feira (15/12), após rejeitarem a contraproposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A paralisação, coordenada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e apoiada também pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), tem forte adesão em plataformas, refinarias, terminais e unidades administrativas em todo o país.
No primeiro dia, houve entrega de operações em plataformas no Espírito Santo, Norte Fluminense e Terminal de Coari (AM, com 100% de adesão), além de corte de rendição de turno em pelo menos seis refinarias (como Replan-SP, Revap-SP, Regap-MG, Reduc-RJ, Recap-SP e Repar-PR). A greve envolve cerca de 25 mil trabalhadores da FUP (61% das unidades) e mais de 50 mil da FNP (80% da produção de petróleo).
Principais reivindicações (três eixos centrais):
- Distribuição justa da riqueza: ACT digno, com ganho real acima da inflação, sem retrocessos e plano de cargos isonômico.
- Fim definitivo dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que causam descontos pesados em salários de ativos, aposentados e pensionistas.
- "Pauta pelo Brasil Soberano": suspensão de desimplantes forçados, demissões e privatizações no setor de Exploração & Produção (E&P).
A categoria critica a gestão de Magda Chambriard por oferecer apenas 0,5% de ganho real e ignorar pontos centrais, apesar dos lucros bilionários da Petrobras (R$ 37,3 bilhões em dividendos só nos primeiros nove meses de 2025).
Incidentes: Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc-RJ), dirigentes sindicais foram detidos pela PM (acionada pela empresa), em episódio classificado como repressão ao direito de greve; eles foram liberados horas depois. Paralelamente, aposentados mantêm vigília por tempo indeterminado na sede da Petrobras no Rio de Janeiro.
Posição da Petrobras: A empresa ativou planos de contingência e afirmou que a greve não impacta a produção ou o abastecimento de combustíveis no momento.
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