Em um movimento para aliviar os preços ao consumidor e ajustar sua política comercial, o governo do presidente Donald Trump anunciou em novembro de 2025 a redução de tarifas sobre mais de 200 produtos alimentícios importados, beneficiando vários países da América Latina, incluindo Brasil, Argentina, Equador, Guatemala e El Salvador.
Países beneficiados e detalhes das reduções
A redução inclui principalmente produtos que os Estados Unidos não produzem em quantidade suficiente internamente, como carne bovina, café, bananas, cacau, chá, tomates, sucos de frutas e especiarias.
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Enquanto Argentina, Equador, Guatemala e El Salvador terão tarifas mantidas em níveis base (entre 10% e 15%), com isenções para produtos essenciais, o Brasil também teve cortes significativos.
No caso brasileiro, as tarifas de importação para carne bovina, café e frutas foram reduzidas em 10 pontos percentuais, uma diminuição retroativa válida a partir de 13 de novembro de 2025. Essas tarifas haviam sido elevadas a níveis exorbitantes no início de 2025, chegando a até 50% para remessas dentro das cotas e mais de 70% para remessas fora das cotas.
A redução visa aliviar o impacto dessas tarifas elevadas, mas outras taxas e cotas ainda permanecem.
Impacto da decisão e acordos comerciais
Além da redução tarifária, os países beneficiados firmaram compromissos para reduzir barreiras não tarifárias às exportações americanas e evitar impostos digitais sobre empresas dos EUA, reforçando a cooperação bilateral.
Por exemplo, a Argentina obteve acesso preferencial para medicamentos, produtos químicos e tecnologia produzidos nos EUA.
Essa medida busca harmonizar a política tarifária, facilitando o comércio regional e tentando reduzir a pressão inflacionária nos Estados Unidos sobre produtos básicos, como café e bananas.
Para o Brasil, a redução parcial nas tarifas é um passo importante, mas o país ainda enfrenta desafios para eliminar completamente as barreiras comerciais impostas.
Repercussão e perspectivas futuras
A flexibilização tarifária foi bem recebida por setores comerciais na América Latina, que veem na medida uma retomada das oportunidades de crescimento nas exportações para os EUA.
Negociações permanecem para eventuais ampliações e para resolver tarifas em outros setores ainda elevados para o Brasil.
Essa mudança mostra um ajuste pragmático na política comercial americana, conciliando proteção industrial e a necessidade de proteger o consumidor final, enquanto fortalece parcerias estratégicas regionais na América Latina.
Essa atualização reforça o papel do Brasil como parceiro comercial importante, beneficiado pela recente redução, ainda que parcialmente, nas tarifas aplicadas pelo governo Trump. A medida de novembro de 2025 representa um avanço na relação comercial bilateral, com impactos diretos nos preços de alimentos e exportações de produtos brasileiros para o mercado americano
Apesar das recentes reduções tarifárias para produtos como carne bovina, café e frutas, o Brasil ainda enfrenta a manutenção de tarifas elevadas, com taxas de até 40% aplicadas a outros setores e produtos.
Essas tarifas remanescentes não foram incluídas na flexibilização anunciada em novembro de 2025 e continuarão vigentes por enquanto.
A continuidade dessas tarifas mais altas depende das futuras negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, nas quais temas espinhosos para o governo brasileiro estão em pauta. Entre eles, questões relacionadas à política industrial, medidas ambientais, propriedade intelectual e equilíbrio da balança comercial são pontos que exigem concessões e diálogo delicado.
O desenrolar dessas negociações será crucial para definir se o Brasil conseguirá avançar na redução dessas tarifas mais elevadas, o que poderia ampliar significativamente o acesso de produtos brasileiros ao mercado americano, beneficiando setores econômicos importantes e contribuindo para o aumento das exportações.
Portanto, embora o anúncio de novembro tenha marcado um passo positivo, a questão das tarifas americanas sobre o Brasil ainda está longe de ser totalmente resolvida, permanecendo como um desafio comercial estratégico a ser enfrentado nos próximos meses.
Essa complementação adiciona contexto importante sobre as complexidades e os desafios das negociações comerciais atuais entre Brasil e EUA, ressaltando que parte das tarifas ainda depende de acordos futuros para serem flexibilizadas.
Do Portal Sintonize o Som Com agências










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